Estudo da força, flexibilidade, resistência e postura em tenistas com lombalgia

Autores

  • Felipe Lima de Cerqueira Universidade Tiradentes
  • Antônio Carvalho Cruz Neto
  • Marcelo Augusto Ferreira Cruz
  • Paulo Rogério Cortez Leal

Palavras-chave:

Tenistas, Flexibilidade, Lombalgia

Resumo

O presente estudo objetivou correlacionar a força, a flexibilidade, a resistência, o ângulo lombar e pélvico em praticantes de tênis de campo de elite da cidade de Aracaju com sintomas de lombalgia. Foram avaliados 10 tenistas do sexo masculino, com idade = 30,3 (8,5) anos; Peso = 74, 6 (16,8) kg; Altura = 1,73 (1,69 - 1,75) m IMC = 24, 3 (3,9) kg/m. O ângulo pélvico (AP) e lombar (ACL) foram quantificados através da biofotogrametria, a flexibilidade através da fleximetria, a resistência muscular pelos testes de Robertson e Sorensen e a força muscular através da dinamometria digital. Os dados pessoais e relacionados a prática desportiva específica foram colhidos por meio de questionário. Foi verificado que os avaliados com maior encurtamento de flexores uniarticulares do quadril apresentaram correlação forte com o ACL, (r = 0,71); e moderada com AP (r = 0,62). Na análise de correlação entre a força e a resistência da musculatura paravertebral, foi encontrada uma correlação moderada e negativa (r = -0,42), já correlação entre a força e a resistência da musculatura abdominal foi encontrada uma correlação moderada positiva (r = 0,54). Conclui-se que os praticantes de tênis de campo com lombalgia, possuem encurtamento dos flexores do quadril uniarticulares, dos isquiotibiais e pouca resistência dos flexores e extensores do tronco, levando a alterações no ACL e AP.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Lima de Cerqueira, Universidade Tiradentes

Fisioterapeuta graduado pela Universidade Tiradentes, pós graduado em Traumatologia e Ortopedia pela Universidade Gama Filho, aluno de mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Tiradentes. Membro do Grupo de Estudo em Fisioterapia (GEFIS), professor preceptor de ortopedia, traumatologia e reumatologia da Universidade Tiradentes.

Referências

ADAMS, M. A.; HUTTON, W. C. The effect of posture on the fluid content of lumbar intervertebral disc spine. V. 8, N. 1, p. 665-71, 1983.

ASPLUND, C.; WEBB, C.; BARKDULL, T. Neck and Back Pain in Bicycling. Current Sports Medicine Reports, 2005.

AVANZI, O; CAMARGO, O. Ortopedia e traumatologia: conceitos básicos de diagnóstico e tratamento. 2. ed. Roca, 2009.

BIENFAIT, M. Os desequilíbrios estáticos: fisiologia, patologia e tratamento fisioterapêutico. 4. ed. São Paulo: Summus, 1993.

BINI, R. Revisão etiológica da lombalgia em ciclistas. Revista Brasileira de Ciência e Esporte de Florianópolis. V. 33, N. 2, p. 507-28, 2011.

CECIN, HÁ; SATO, EI; CHAHADE, WH. 1º Congresso Brasileiro sobre Lombalgia e Lombociatalgia. São Paulo: Julho 2000.

CHRISTIE, H.; KUMAR, S.; WARREN, S. Posturalaberration in low back pain. Arch Phys Medfc3gvd Reabil. 1995; 218-24.

COHEN, M.; ABDALA, R. J. Lesões no esporte: diagnóstico, prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2003.

COSTA, D; PALMA, A. O efeito do treinamento contra resistência na Síndrome da dor lombar. Rev. Port. Cien. Desp. 2004; 2:224-34.

DAGENAIS, S; CARO, J; HALDEMAN, S. A systematic review of low back pain cost of illness studies in the United States and internationally. Spine J. 2008; 8(1):8-20.

DAGENAIS, S , TRICCO, A. C; HALDEMAN, S. Synthesis of recommendations for the assessment and management of low back pain from recent clinical practice guidelines. Spine J. 2010; 10(6):514-529.

DELITTO, A. et al. Low back pain clinical practice guidelines linked to the international classification of functioning, disability, and health from the orthopaedic section of the American Physical Therapy Association. J Orthop Sports Phys Ther. 2012; 42(4):1-57.

DEZAN, V. H.; SARRAF, T. A.; RODACKI, A. L. F. Alterações posturais, desequilíbrios musculares e lombalgias em atletas de luta olímpica. R. Bras. Ci e Mov. 2004; 12(1): 35-38.

ESOLA, M. A. et al. Analysis of lumbar spine and hip motion during forward bending in subjects with and without a history of low back pain. Spine. 1996; 21(1):71-78.

FARINATTI, P. Flexibilidade e esporte: uma revisão da literature. Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, 2000.

FEINGOLD, M. L. Flexibility standards of the U. S. cycling team. Science of Cycling. Champaign: Human Kinetics, 1986.

FU FH, STONE DA. Sports Injuries: mechanisms, prevention e treatment. 2. ed. hiladelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2001.

GLASSER, L. L. The spine and bicycling: new perspectives. In: LENNARD, T. A.; CRABTREE, H. M (org.). Spine in sports. Philadelphia: Elsevier, 2005.

GRAU N. SGA – A serviço do esporte: stretching global ativo. São Paulo: É Realizações, 2003.

HEBERT, S.; XAVIER, R. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. Artmed, 4. ed., 2009.

História do Tênis. In: Confederação Brasileira de Tênis. 2013. Acesso em: 1 mar. 2013. Disponível em: <http://www.cbtenis.com.br>.

HODGES P. et al. Intervertebral Stiffness of the Spine Is Increased by Evoked Contraction of Transversus Abdominis and the Diaphragm: In: Vivo Porcine Studies; Spine. 2003; 28(23): 2594-2601.

JOHNSON, E. N; THOMAS, J. S. Effect of hamstring flexibility on hip and lumbar spine joint excursions during forward reaching tasks in individuals with and without low back pain. Arch Phys Med Rehabil. 2010; 91(7): 1140-1142.

JÚNIOR NETO, J.; PASTRS, C. M.; MONTEIRO, H. L. Alterações posturais em atletas brasileiros do sexo masculino que participam de provas de potência muscular em competições internacionais. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, V. 10, N. 3, p. 195-198, 2004.

KAPANDJI, A. I. Fisiologia articular: tronco e coluna vertebral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

KENDALL, F. Músculos, provas e funções, com postura e dor. 5. ed. São Paulo: Manole, 2007.

KENDALL, F, McCREARY, E. K.; PROVANCE, P. G. Postura: alinhamento e equilíbrio muscular. In: Kendall, F. P.; McCreary, E. K.; Provance, P. G. Músculos provas e funções. 5. ed. São Paulo: Manole, 2007.

KIBLER, B.; SAFRAN, M. Tennis injuries. Rev. Med Sport Sci, 2005;48:120 –37.

KISNER, C; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005.

KNUDSON, D.; BLACKWELL, J. Trunk muscle activation in open stance and square stance tennis forehands. Int J Sports Med, 2000, 321-24.

LAPIERRE, A. A reeducação física. São Paulo: Manole, 1982.

LATIMER, J. et al. The reliability and validity of the Biering–Sorensen test in asymptomatic subjects and subjects reporting current or previous nonspecific low back pain. Spine. 1999; 24(20): 2085-2090.

LINDENBERG, N. Os esportes. São Paulo: Cultrix, 1976.

LINHARES, C. M. O treinamento com causa de depressão do ombro do membro superior dominante de jogadores de tênis de campo. Revista Terapia Manual, São Paulo, V. 5, N. 20, p. 122-125, 2007.

LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica para fisioterapeutas. 3. ed. São Paulo: Manole, 2000.

LITTLE, T. L.; MANSOOR, J. Low Back Pain Associated with Internal Snapping Hip Syndrome in a Competitive Cyclist. British Journal of Sports Medicine, 2008.

MANNION, A. F. et al. Active therapy for chronic low back pain part 1. Effects on back muscle activation, fatigability, and strength. Spine. 2001;15;26(8):897-908.

MCGILL S. Low back disorders: Evidence based Prevention and Rehabilitation. 2. Champaign: Human Kinetics Publishers; 2007.

MCGILL, S. M.; CHILDS, A.; LIEBENSON, C. Endurance Times for Stabilization Exercises: clinical targets for testing and training form a normal database. Arch Phys Med Rehabil, 1999.

MELLION, Neck and back pain in bicycling. 1994.

NORKIN, C. C.; WHITE, D. J. Medida da amplitude de movimento articular: um guia para goniometria. Philadelphia: FA Davis Co., 1995.

PALERMO, J. L. Epicondilite lateral em jogadores de tênis. V. 20, N. 5. São Paulo: Reabilitar, 2003. p. 56-58.

PANJABI, M. M. Clinical spinal instability and low back pain. J Electromyogr Kinesiol, 2003;13:371-379.

PEQUINE, S. M. Ergonomia aplicada ao design de produtos: um estudo de caso sobre o design de bicicletas. São Paulo, 2005.

RCHARD, J; READ, J. W; VERRALL, G. M. Pathophysiology of chronic groin pain in the athete. Sports Med.Journal. Vol. 1, p.23-25, 2000.

RENSTRÖM, P. A. Tendon and muscle injuries in the groin areas. Clin Sports Med., V. 11, N. 4, p.825-831, 2000.

RIBEIRO, C.; CAMARGO, I. Relação entre alterações posturais e lesões do aparelho locomotor em atletas de futebol de salão. Revista Brasileira de Medicina Esportiva, V. 9, N. 2, 2003.

ROBERTSON, L. D.; MAGNUSDOTTIR, H. Evaluation of criteria associated with abdominal fitness testing. Research Quarterly for Exercise and Sport, 1987. p.58:335.

SANDOVAL, A. E. P. Medicina del deporte y ciencias aplicadas al alto rendimiento y la salud. Caxias do Sul: EDUCS, 2002.

SHAUGHNESSY, M; CAUFIELD, B. A pilot study to investigate the effect of lumbar stabilization exercise training on functional ability and quality of life in patients with chronic low back pain. Int J Rehabil Res. 2004; 27:297-301.

SILVA, R. T. et al. Avaliação das lesões ortopédicas em tenistas amadores competitivos. Rev. Bras. Ortop. 2005.

SOUZA, R. J. Treinamento de força rápida aplicado na preparação física de jovens tenistas. Revista Cientifica Internacional. Ano 3, 2010.

SWENSON, R. Differential diagnosis: a reasonable clinical approach; Neurologic Clinics .1999; 17(1):43-63.

TAROUCO, J. Fisioterapia preventiva da dor lombar na prática do Surf. Florianópolis, 2006.

VAN DIEEN, J. H.; CHOLEWICKI, J.; RADEBOLD, A. Trunk Muscle Recruitment Patterns in Patients With Low Back Pain Enhance the Stability of the Lumbar Spine. Spine. 2008; (8):834-841.

VAN MIDDELKOOP, V. M. et al. A systematic review on the effectiveness of physical and rehabilitation interventions for chronic non-specific low back pain. Eur Spine J. 2011; 20:19-39.

VAN TULDER, M. et al. Exercise therapy for low back pain: a systematic review within the framework of the Cochrane collaboration back review group. Spine. 2000; 25(21):2784-96.

VILASBOAS, P. M.; SANDOVAL, R. A. Análise postural comparativa entre bailarinas e sedentárias através do Software de Avaliação Postural (SAPO). Lecturas Educación Física y Deportes, Rev. Digital Buenos Aires, N. 123, Ano 13, Buenos Aires, 2008. Disponível em: <http://www.efdeportes.com>. Acesso em: 2 out. 2008.

VRETAROS, A. O papel do preparador físico no retorno à prática esportiva competitiva após reabilitação músculo-esquelética: uma abordagem no tênis de campo. Revista Digital. Buenos Aires, 2002.

WATKINS, J. Joints of the Axial Skeleton. In H. mechanics (Ed.), Structure and function of the musculoskeletal system, 1999.

WEINECK, J. La anatomia desportiva. Barcelona: Carvigraf, 1991.

WEINSTEIN, S.; BUCKWALTER, J. Ortopedia de Turek: princípios e sua aplicação. 3. ed. São Paulo: Manole, 1991.

WITVROUW, E. et al. Muscle flexibility as a risk factor for developing muscle injuries in male professional soccer players. A prospective study. Am J Sports Med. 2003;31(1):41-6.

YOUDAS, J. W. et al. Lumbar Lordosis and Pelvic Inclination in Patients with Chronic Low Back Pain. Phys Ther, 2000, 80: 261-275

Downloads

Publicado

2014-03-25

Como Citar

Cerqueira, F. L. de, Cruz Neto, A. C., Cruz, M. A. F., & Leal, P. R. C. (2014). Estudo da força, flexibilidade, resistência e postura em tenistas com lombalgia. Caderno De Graduação - Ciências Biológicas E Da Saúde - UNIT - SERGIPE, 2(1), 51–71. Recuperado de https://periodicos.grupotiradentes.com/cadernobiologicas/article/view/1330

Edição

Seção

Artigos