CLASSIFICAR E MEDICAR: O PROCESSO DE MEDICALIZAÇÃO NO DSM

Autores

  • André Leite Universidade Federal de Sergipe
  • Claudiene Santos Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3801.2025v12n3p191-203

Palavras-chave:

Psiquiatria, DSM, Medicalização

Resumo

Esse trabalho busca analisar o processo crescente e quase exponencial de aumento das categorias diagnósticas ao longo das edições do “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM). A partir de uma linha de ação metodológica depreendida das ciências sociais e humanas em saúde, foi realizada uma leitura minuciosa de todas as edições do DSM, comparando-as e buscando encontrar desde as continuidades epistêmicas ao longo da evolução do manual, até os momentos de ruptura discursiva do mesmo; o que foi articulado posteriormente ao cenário político e movimentações sociais presentes a cada época de elaboração de cada edição do manual. O que se argumenta é que a partir de um movimento constante de catalogação e adstrição de comportamentos e experiências, que são tomados como desviantes e prenhes de intervenção médica, o DSM encena um projeto de medicalização da vida dos sujeitos, ou seja, um movimento que ambiciona rotular determinadas condutas consideradas desviantes e transgressivas, como doença.

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Biografia do Autor

André Leite, Universidade Federal de Sergipe

Médico pela Universidade Federal de Sergipe. Pós-graduação em Psiquiatria pela Universidade Estácio de Sá. Mestrando em Cinema e Narrativas Sociais pela Universidade Federal de Sergipe.

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Publicado

2025-07-20

Como Citar

Leite, A., & Santos, C. (2025). CLASSIFICAR E MEDICAR: O PROCESSO DE MEDICALIZAÇÃO NO DSM. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 12(3), 191–203. https://doi.org/10.17564/2316-3801.2025v12n3p191-203

Edição

Seção

Artigos