O EFEITO DA PRIMEIRA INJEÇÃO INTRADETRUSORA DE TOXINA BOTULÍNICA NA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL, QUALIDADE DE VIDA, DOR E ESPASMOS EM INDIVÍDUOS COM LESÃO MEDULAR
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https://doi.org/10.17564/2316-3798.2024v9n3p829-842Publicado
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Resumo
Após uma lesão medular (LM), praticamente todos os pacientes apresentam disfunção neurogênica da bexiga. A toxina botulínica tipo A é um recurso utilizado para o tratamento de complicações urológicas nesses pacientes. O objetivo deste estudo foi analisar se indivíduos com LM traumática apresentam melhora na funcionalidade, qualidade de vida (QV), dor e espasmos após a primeira aplicação de toxina botulínica intradetrusora tipo A. Um estudo observacional longitudinal prospectivo foi desenvolvido com vinte pacientes com LM traumática acompanhados em um centro de reabilitação. Os pacientes foram avaliados antes, um e quatro meses após a primeira aplicação de toxina botulínica intradetrusora tipo A. Os instrumentos utilizados foram: Spinal Cord Independence Measure III (SCIM III) e Qualiveen-SF, para avaliar a funcionalidade e a QV, respectivamente; Escala de Avaliação Numérica para avaliação da dor e Escala Penn para avaliação dos espasmos. Foram realizadas estatísticas descritivas e inferenciais (p<0,05). Dos pacientes avaliados, 90% eram homens e 80% apresentavam paraplegia. No primeiro mês após aplicação da toxina botulínica tipo A houve melhora no domínio relacionado ao controle esfincteriano do SCIM III (p=0,02). Não houve diferença estatisticamente significativa na QV, intensidade da dor, frequência e gravidade dos espasmos antes da aplicação da toxina botulínica e após 1 e 4 meses (p>0,05). A primeira aplicação de toxina botulínica tipo A intradetrusora interferiu positivamente na independência funcional relacionada ao controle esfincteriano no primeiro mês após a aplicação, mas não influenciou na dor, no espasmo e na QV.