ENSINAR-APRENDER A INTERCULTURALIDADE
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https://doi.org/10.17564/2316-3828.2025v13n1p266-281Palavras-chave:
Ensino, Decolonialidade, InterculturalidadePublicado
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No Brasil, o nascimento e a consolidação das principais instituições sociais como a educação continua marcada pela quase completa ausência dos repertórios culturais, históricos e epistemológicos dos povos e comunidades tradicionais indígenas, quilombolas (rurais e urbanos), ciganas, ribeirinhas, caiçaras, beiradeiras, bem como, de sua presença em espaços de deliberações políticas local, regional ou nacional. Dessa maneira, o presente artigo visa contribuir nas discussões e debates que tem promovido a interculturalidade como estratégia para a promoção da decolonialidade e para a produção de conhecimentos que valorizem os saberes dos povos e das comunidades tradicionais em suas pluriepistemologias, de modo que, na conjunção intercultural com o conhecimento científico, consigamos efetivar reformas curriculares, formação profissional, produção de conhecimentos e de produção de materiais didáticos consistentes, significativos e contextualizados nos territórios onde os sujeitos históricos se encontrem inseridos.
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