COBERTURA VACINAL EM GESTANTES: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS ESTADOS DA REGIÃO SUL DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2025v12n3p266-281Resumo
Esse artigo objetiva comparar a distribuição das doses das vacinas exclusivas aplicadas em gestantes, difteria, tétano e coqueluche (dTpa) e Dupla Adulto (difteria e tétano), nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no período de 2013 a 2022, a fim de estimar a cobertura vacinal. O método utilizado foi o estudo descritivo ecológico, com a coleta de dados extraída do DATASUS. Foi utilizado o programa Excel para tabular e organizar os dados, com posterior análise temporal. Os resultados indicaram que a cobertura da vacina Dupla Adulto e dTpa apresentou uma tendência geral de queda até 2016, seguida por uma flutuação nos anos subsequentes. Em contrapartida, a cobertura da vacina dTpa apresentou uma tendência consistente de aumento no estado de Santa Catarina, em comparação com Paraná e Rio Grande do Sul, entretanto, nenhum desses estados atingiu o índice de 95% da cobertura vacinal preconizada pela Organização Mundial Saúde. As conclusões deste estudo evidenciam oscilações na cobertura vacinal das gestantes, nos estados da região sul do Brasil, no período de 2013 a 2022, influenciadas por fatores como: hesitação vacinal, fake News, falhas na infraestrutura de saúde, desigualdades sociais e econômicas, eventos epidemiológicos e mudanças nas políticas de saúde. Esses desafios reforçam a necessidade do governo federal, estadual e municipal de implementar estratégias para aumentar as taxas de cobertura vacinal nas gestantes, nos estados da região sul do Brasil, para promoção da saúde, incluindo combate a hesitação vacinal, por meio da educação e comunicação eficaz.