A PERDA DE UM FAMILIAR POR COVID-19: UM ESTUDO FILOSÓFICO

Autores

  • Natália de Jesus Sousa Cunha Universidade Federal do Maranhão, Brasil.
  • Thátila Larissa da Cruz Andrade Universidade Federal do Maranhão, Brasil.
  • Líscia Divana Carvalho Silva Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Rosilda Silva Dias Universidade Federal do Maranhão, Brasil.
  • Andréa Cristina Oliveira Silva Universidade Federal do Maranhão, Brasil.
  • Anna Karla de Oliveira Tito Borba Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3801.2025v12n3p318-333

Resumo

O artigo objetivou compreender o sentido da vida após a perda de um familiar por covid-19. Estudo qualitativo, fenomenológico, desenvolvido no domicílio dos familiares, em junho a setembro de 2024, tendo como referencial teórico metodológico Martin Heidegger. De acordo com o círculo hermenêutico heideggeriano foram identificadas duas unidades de significado: O ser frente ao "novo-trabalho-à-mente" e O ser que "pertence-a-Deus". As repercussões na vida do familiar confrontam a aparente segurança de sua existência, tornando-se fatídicas na construção do sentido do ser. A situação ameaçadora de ter um familiar com covid 19 atemoriza e ressignifica o modo de ser e direciona para o enfrentamento consciente, evitando a inesperada perda que desafia a tranquilidade frente ao “não ser”. Emerge o "novo-trabalho-à-mente", em que o familiar busca uma ocupação como forma de distração, numa tentativa de evitar o confronto direto com a dor e a angústia. E, para encontrar um novo sentido à vida, como estratégia de superação, transforma a própria existência diante da ausência, tensão e provação, descortinando a sua libertação, o que configura na sua essência espiritual, buscando a fé no "ser que pertence-a-Deus". A pandemia covid-19 revelou não apenas a profundidade da experiência do luto frente à perda de um familiar, mas a força transformadora na própria existência. O estudo integra a reflexão sobre o luto, a finitude e o papel da filosofia na saúde.

PALAVRAS-CHAVE: Covid-19. Mortalidade. Luto. Familiares. Filosofia em Enfermagem.

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Biografia do Autor

Natália de Jesus Sousa Cunha, Universidade Federal do Maranhão, Brasil.

Bacharelada em Enfermagem. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (PPGENF-UFMA). Residência em Clínicas Médicas e Cirúrgica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão  (HUUFMA). Especialização em Urgência e Emergência pela Faculdade Gianna Beretta e em Instrumentação Cirúrgica, Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização- FAVENI.  

Thátila Larissa da Cruz Andrade, Universidade Federal do Maranhão, Brasil.

Bacharela em Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão - UEMA; Mestranda em Enfermagem  pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF / UFMA).  Pós-Graduada em Gestão em Saúde - UFMA; Pós Graduada em Obstetrícia e Neonatologia pela Faculdade Gianna Beretta.

Líscia Divana Carvalho Silva, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Bacharelada em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professora do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem- Mestrado (UFMA). Doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP). Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC); Especialização em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC) e  Administração Hospitalar pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Hospitalar (IPH); Licenciatura em Higiene, Enfermagem e Programa de Saúde no 1 e 2 graus (UFMA). 

Rosilda Silva Dias, Universidade Federal do Maranhão, Brasil.

Bacharelada em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Mestrado em Políticas Públicas pela  UFMA.  Doutora em Fisiopatologia Clínica e Experimental pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professora da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem- Mestrado (UFMA).

Andréa Cristina Oliveira Silva, Universidade Federal do Maranhão, Brasil.

Bacharelada em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA). Doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade São Paulo (EERP-USP), Professora da Graduação e do  Programa de Pós-Graduação em Enfermagem- Mestrado (PPGENF/UFMA).

Anna Karla de Oliveira Tito Borba, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Bacharelada em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Professora do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia (PPGERO) do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Saúde da Família pelas Faculdades Integradas de Patos. Especialista em Nefrologia pelo Programa de Residência em Enfermagem da UFPE e pela Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia  (SOBEN) Mestre em Enfermagem pela UFPE. Especialização Didático-Pedagógica para Educação em Enfermagem pela UFPE. Doutora em Nutrição pela UFPE. Especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). 

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Publicado

2025-09-18

Como Citar

Cunha, N. de J. S., Andrade, T. L. da C., Silva, L. D. C., Dias, R. S., Silva, A. C. O., & Borba, A. K. de O. T. (2025). A PERDA DE UM FAMILIAR POR COVID-19: UM ESTUDO FILOSÓFICO. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 12(3), 318–333. https://doi.org/10.17564/2316-3801.2025v12n3p318-333

Edição

Seção

Artigos